Frase da semana

Frase da semana

"Chegar ao topo de uma montanha, não significa vencer. Sair de um plano para estar em outro, apenas significa que a próxima rota é descer." - Miguel Minotti

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Elas e elas - Novo poema (Especial)

Outubro está chegando ao fim, e aproveitando o outubro rosa, eu resolvi fazer um poema especial hoje, para um ser diferente de tudo que existe, e que realmente tem características tão peculiares que é difícil de não se intrigar.

Elas e elas


Era manhã, o Sol nascia ao lado das colinas
Sentado em sua cadeira de balanço
O velho batia o pé em rítimo no piso que rangia
Tão antigo quanto ele, tão completo de histórias
Quantos pés já passaram por ali, para deixarem memórias

Sua pequena e grande tempestade
Seu quente e frio Sol
A companhia de todo dia à tarde
Para segurar a isca, seu anzol
À sua vida, a conquista em qualquer idade

Agora vive com seu coração em partes
O velho com suas memórias em arte
Nas paredes de sua casa
Ainda restam alguns brilhos no distante olhar
Daquela pessoa que nunca quis o abandonar

Nos difíceis tempos, um sorriso apertava sua mão
Nas velhas estórias alguém prestava atenção
Nas lágrimas das dores, algo ensolarava seu coração
Quem traz companhia para muitos
Quem trouxe felicidade para aquele velho
E que em todas as ações, sempre de alegrar tem o intuito

Se não existissem todas as montanhas
Se o Sol não aparecesse em nossas manhãs
Se elas não completassem o sentido da vida
Porque até mesmo em atitudes diferentes
Não perdem a força nem a coragem inocente

Miguel F. Minotti dos Santos

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Viva sem vida - Novo poema

Faz bastante tempo que não posto nada, esse poema também é bem curto, não trabalhei muito uma história nele como costumo trabalhar em outros, porém a quantidade de significados que podem ser retirados de cada verso não são poucos comparados aos outros.

Viva sem vida


Eu trago a paz,
Mas eu sou a guerra.
Eu possuo amor,
Mas eu represento a dor.

Eu não cultivo rosas,
Mas eu colheto lágrimas,
Eu rego corações,
Mas eles não sobrevivem a terras rasas.

Eu sou o orgulho do militar,
Eu sou a tristeza da mãe.
Eu sou os ventos que voam pelo mar,
Eu sou o fim do dia que não deveria acabar.

Eu estou morto,
Mas eu estou viva.
Eu não assombro,
Mas eu sou um fantasma sem vida.

Miguel F. Minotti dos Santos

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pequenos como nada - Novo poema

Estarei trazendo mais um poema, espero que seja de agrado, não acredito ser dos melhores mas possui aquele sentido que pode variar para cada um, imagino eu.

Pequenos como nada


Somos pequenos, mas pensamos alto
Dormimos para escapar, mas acordamos sem descansar
Encontramos o sorriso, em algum amigo
Próximo ao coração, não vemos as palavras tocando
Não vemos elas causando a destruição

Qual o sabor da cor vermelha
Seja ela uma fruta, seja ela um sentimento
Qual o cheiro da dor, que atinge sem causar
As feridas externas que tememos demonstrar

Somos pequenos, mas fazemo-nos grandes
Dormimos para escapar, mas nada se vai junto com o luar
Encontramos o sorriso, que estava no som dos guizos
Anunciando a festa, que traz o falso e o verdadeiro amigo
Que te anuncia um pequeno perigo

O que deverá fazer nossa consciência abalada
Pelas atitudes que saíram da boca em palavras
Que não trouxe consigo intenção
De atingir e machucar algum coração

Quem somos nós, somos pequenos
O que podemos segurar, só possuímos dedos
Até que ponto podemos suportar
Até quando pode uma dor durar
Quem somos nós, não somos, nada

Miguel F. Minotti dos Santos

sábado, 10 de outubro de 2015

Aquela estante - Novo poema

Venho trazer mais um poema, sem muito a acrescentar, ele será mais um livro esquecido.

Aquela estante


Estive guardado em uma estante
Ao lado de um pequeno livro de couro
Onde morrem a cada dia memórias
Mas quem liga, são velhas não valem ouro

Ouço algum choro mas está longe
Não vejo alguém faz muito tempo
Fui abandonado para qualquer coisa
Meus sonhos estão esquecidos ao relento

Estive guardado onde ninguém vai olhar
Junto com quadros que mostram algo 
Que ninguém vai lembrar
Que não possuem sentido, não para qualquer olhar

Já não me impressiona o Sol indo
Como também não me preocupo em ver ele vindo
As estrelas, não mudam seu brilho
Também a luz da mesa de canto não mais compartilho

Com o grande marinheiro corajoso
Com as grandes fantasias
Com aquele pequeno homem generoso
Com as memórias minhas

Estive esquecido em uma estante
Sou como mais um livro
Que correu para longe
Que já não é mais tão importante

Miguel F. Minotti dos Santos

domingo, 4 de outubro de 2015

Os distantes ventos - Novo poema

Após muito tempo mesmo sem publicar nada, venho trazer algum sinal de vida. Faz cerca de um mês que não posto nada, na verdade tenho vários poemas para publicar, mas acabo não terminando de escrever. Este aqui, já não é muito grande, mas não havia muito o que escrever mesmo. Trarei mais poemas logo.

Os distantes ventos

Essas flores não vêm trazer um sinal de amor
Não trazem esperança de voltar atrás
Não cresceram em nenhum lugar
Elas somente trazem muita dor

E quem foi que as mandou
Quem as esqueceu em seu recanto
Qual destino trouxe tamanha frieza
Trouxe consigo um bilhete e uma vela acesa

Em único propósito acabar, não começar
Um dia de neve como os dias que já foram
Que terminaram em memórias
Se não é eterno o fim clama para terminar

Acaba o pequeno sopro do vento
Mas olhos ao longe com um olhar
Ainda nos encontraremos quando meu fim me chamar
Seja você quem for, a esperança ou a imensidão do mar

Miguel F. Minotti dos Santos