Frase da semana

Frase da semana

"Chegar ao topo de uma montanha, não significa vencer. Sair de um plano para estar em outro, apenas significa que a próxima rota é descer." - Miguel Minotti

terça-feira, 25 de agosto de 2015

A sombra - Novo poema

Fazem alguns dias que eu não posto nada, não sei quantos ao certo, mas isso é devido ao tempo, às vezes não sobra muito tempo para escrever, as vezes eu sento e não sai nada também. Mas hoje venho trazer um novo poema, ele é um tanto mais curto comparado aos outros, talvez tenha um sentido bastante frio também, aí vai depender mesmo da interpretação de cada um.

A sombra


Olhar para os lados e encontrar uma sombra
Que te carrega pelos cantos
Que está no seu coração, mas não te conta
Que segura seus prantos
Para todos, o olhar que você tem
O brilho que ela te mantém
A saudade que ela te tira
Não passa de pura loucura, uma mentira
Se sonhar vai doer
A sombra ao seu lado
Não vai deixar adoecer
Nem que o frio que tu guarda
Termine de te preencher
Em poucas palavras, ser perseguido
Por algo que todos não conseguem ver
Não significa que você não tenha que
Continuar a acreditar, que ela te faz viver
A vida, lhe trás os fardos
Você os carrega, o peso deles
Às vezes, isso nos deixa fartos
E nos deitamos, para sonhar em nosso quartos
A sombra não te abandona
Os sonhos, não te esquecem
As flores dormentes, que você procura
Estão dentro de ti, o frio as derruba, e elas adormecem
Se seu brilho terminar
E seus olhos voltarem a piscar
Não se esqueça, que o frio volta
E sua sombra, não pode para sempre te guardar

Miguel F. Minotti dos Santos

sábado, 22 de agosto de 2015

A garota dos olhos brilhantes - Novo poema

Olá, venho hoje trazer mais um poema, era para eu ter postado ele ontem, acabei não postando por alguns problemas que estou tendo com minha internet! Esse poema possui um tema mais narrativo, contando em forma de versos uma história, que cause entendimentos variados em todos que lerem, existem várias formas de interpretá-lo.

A garota dos olhos brilhantes


Com os olhos brilhando ela olhou para mim
As lágrimas eram aparentes, e seu semblante
Expressava seu sofrimento e proximidade ao fim
Eu segurei sua mão, na esperança de tornar aquele
Momento de certa forma, menos ruim

O medo, a forma como ela dizia
Assustada ela não conseguia
Chegar perto de algo que faria sentido
Eu estava completamente perdido
Talvez ela também estivesse
Por isso, nós nos tornamos grandes amigos

Mas o tempo passou, e ela disse
"Minha hora chegou"
Eu não entendia aquelas palavras
Nunca realmente entendi nada do que ela dizia
Os olhos dela expressavam, e meu olhar os entendia

Então, ela saiu pela porta, para fora seguiu
Senti um aperto emocional
Abri a porta em busca de sua imagem
Porém, frente a tanta neblina, ela sumiu
Eu me sentei diante a porta, e uma lágrima caiu

Tudo tão rápido, confuso, estranho
Eu sempre soube que um dia, um dia
Teríamos nossos caminhos separados
Porém, com o passar do tempo além da tristeza
Isso me deixava muito intrigado

Procurei saber de alguém, que soubesse onde ela estava
Rodeei a pequena cidade, mas ninguém dela lembrava
Novamente caído encostado na porta, eu chorava
Então mãos geladas me tocaram nos ombros
As lágrimas, pararam de sair, enquanto olhava para a estrada

Uma voz calma, pela primeira vez fazia sentido
"Você precisava, eu precisava de um amigo"
"Sou grata pelo tempo que passamos juntos"
"Mas sou uma criação vazia, de sua própria mente"
"Às vezes nossos olhos nos enganam, para acabar com a dor que se sente"

Miguel F. Minotti dos Santos

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Minhas estrelas - Novo poema

Não cheguei a postar ontem, estava sem inspiração eu acho. Hoje tive algumas ideias, alguma coisa fluiu na cabeça. Esse poema possui um tema bastante metafórico, tentem não lê-lo com total rigidez na interpretação, deixem a mente fluir para pensamentos, que rebata uma coisa para cada um.

Minhas estrelas


Olhando ao céus
Tocando as estrelas
Nas pontas dos dedos
Para que todos possam vê-las

Inútil, difícil de se ver
Elas estão rodeando a todos
Tocando-as eu pude entender
Elas brilham, mas para aquele olhar

Que não perdeu a vontade de enxergar
Onde está vazio, nem sempre
O tempo todo estará
E se olhar com confiança, com certeza, você encontrará

Em chamas bate um coração
Às vezes perdido, às vezes na imensidão
O mar misterioso que guarda minha atenção
Os segredos dessas estrelas, longes de minha mão

Em montanhas, altas
Onde reside o monstro
Que todos correm de medo
Mesmo que ele viva tonto

O ar por ali de respirar não é bom
Os verdadeiros monstros isolaram ele
Eu abro minha janela olhando
Procurando-o, escutando seu som

Dormindo, ainda posso encontrar
Com meu amigo, com minhas estrelas
Com meus mistérios vivos no mar
Com as flores brilhantes para alastrar

A quem devo recorrer?
Talvez todos já estejam dormindo
Todos tenham apagado, sem perceber
E se esqueceram, de voltar a viver

De uma coisa eu tenho certeza
As estrelas que eu toco
Nunca irão desaparecer
Elas brilham, mas para quem pretende as ver

Miguel F. Minotti dos Santos

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Início ao blog - O vazio

Sem muita demora, pretendo utilizar este blog para arquivar meus poemas escritos e ocasionalmente algumas crônicas, ou até pequenas histórias. Para iniciar as postagens, colocarei a seguir o poema piloto do blog.

O vazio



Compreender, encontrar, procurar...
Palavras sem sentido, sem coração
Palavras sem vida, sem emoção
Palavras sem destino, sem caminho
Palavras sem coração

Um toque ao ombro meu amigo
Sei o fardo que carrega contigo
Sei que a dor é forte, mas que não desiste
Que segue sempre firme e forte
E diz a si mesmo, eu consigo

Um dia, tudo irá terminar
As palavras irão acabar
Teu coração, nunca mais
Teu pensamento, jamais
Voltarão para essa jangada de azar

Eu entendo, te dou bastante trabalho
Sei que um descanso é muito raro
Amar, sorrir, chorar
Palavras como ondas
Que se movem na paisagem do mar

E se perdem no horizonte
Se perdem sem destino
Sua existência já é obsoleta
Seu prazer de estar, de ficar
Acabou de voar para longe, como uma borboleta

Continue, força, chegará
O dia em que sua recompensa
Será leve, para te levar com suas asas
E desaparecer, como quem passa
Na vida e foge, para não perder a hora

A hora, o esquecimento, o vazio
Ligados por uma linha estreita, um fio
Que vêm com o céu apagado
Sua cor não muda
Mas foi esquecido, está enterrado

Como tudo que enterrei, para você
Tudo que fiz, para te levar a crer
Que quando falei fui verdadeiro
Mas quando acordo hoje
Esses sentimentos, não mais os vejo

Compreender, procurar, encontrar
Você me pede, tenha força para lutar
Você se esquece, que todos os dias
Essas palavras ecoam no vazio
E nós, não iremos encontrar, porque o nada
Só existe se o vazio viermos a achar

Miguel F. Minotti dos Santos