Sem muita demora, pretendo utilizar este blog para arquivar meus poemas escritos e ocasionalmente algumas crônicas, ou até pequenas histórias. Para iniciar as postagens, colocarei a seguir o poema piloto do blog.
O vazio
Compreender, encontrar, procurar...
Palavras sem sentido, sem coração
Palavras sem vida, sem emoção
Palavras sem destino, sem caminho
Palavras sem coração
Um toque ao ombro meu amigo
Sei o fardo que carrega contigo
Sei que a dor é forte, mas que não desiste
Que segue sempre firme e forte
E diz a si mesmo, eu consigo
Um dia, tudo irá terminar
As palavras irão acabar
Teu coração, nunca mais
Teu pensamento, jamais
Voltarão para essa jangada de azar
Eu entendo, te dou bastante trabalho
Sei que um descanso é muito raro
Amar, sorrir, chorar
Palavras como ondas
Que se movem na paisagem do mar
E se perdem no horizonte
Se perdem sem destino
Sua existência já é obsoleta
Seu prazer de estar, de ficar
Acabou de voar para longe, como uma borboleta
Continue, força, chegará
O dia em que sua recompensa
Será leve, para te levar com suas asas
E desaparecer, como quem passa
Na vida e foge, para não perder a hora
A hora, o esquecimento, o vazio
Ligados por uma linha estreita, um fio
Que vêm com o céu apagado
Sua cor não muda
Mas foi esquecido, está enterrado
Como tudo que enterrei, para você
Tudo que fiz, para te levar a crer
Que quando falei fui verdadeiro
Mas quando acordo hoje
Esses sentimentos, não mais os vejo
Compreender, procurar, encontrar
Você me pede, tenha força para lutar
Você se esquece, que todos os dias
Essas palavras ecoam no vazio
E nós, não iremos encontrar, porque o nada
Só existe se o vazio viermos a achar
Miguel F. Minotti dos Santos
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