Frase da semana

Frase da semana

"Chegar ao topo de uma montanha, não significa vencer. Sair de um plano para estar em outro, apenas significa que a próxima rota é descer." - Miguel Minotti

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Algum outro lado - Novo poema

Como disse, logo postarei mais poemas. Trago hoje um poema que pode parecer bem confuso, pois de cada estrofe eu tirei um significado diferente, pode ser um tanto complicado de ler. Mas tirem suas próprias conclusões a partir de cada verso.

Algum outro lado


Enquanto não precisar enxergar
As cores não vão existir
No momento em que abrir os olhos
Elas irão existir, mas não estarão lá

Enquanto as estrelas brilham
Os olhos se apagam, como uma lâmpada
Como um quadro negro, uma lousa
Enquanto isso, mais distante fica a voz que canta

Mas ela só pode ser ouvida daqui
Onde as cores não existem, mas estão ali
Onde o som não se propaga, mas eu posso ouvir
Por isso esses olhos se fecham, para sorrir

Para sorrir diante de um novo céu
Esses olhos podem ou não se abrir
A escolha é de quem os fechou
Mas neste mundo, poucos entram e querem sair

Pois aqui, o som não se propaga
Mas pode-se ouvir, as cores não existem
Mas mesmo assim, o céu brilha
As estrelas refletem um olhar de cima

Aqui todos tem asas, e sabem ou não voar
Aqui todos estão embaixo, porém estão no alto do mar
Que canta sua melodia distante
Que manda os ventos com seu som para longe

Alguém chora lá fora, posso ouvir
Parece algo tão triste
Quando os olhos param de brilhar
Apenas a melodia do mar, pode lhes curar
Mas esse alguém que chora, ainda vou descobrir

Miguel F. Minotti dos Santos

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Tardes de Outono - Novo Poema

Após um longo tempo sem postar nada, vou voltar a postar, ao menos eu espero. Esse poema já está pronto a um bom tempo, só não havia postado ele ainda. Espero que seja de bom entendimento.

Tardes de Outono


Eles prometem, eles não cumprem
Suas promessas são sempre
Além do que a vida pode fazer ao homem
Essas promessas, esses desejos se escondem

Onde eles estão, não sabemos
Ao menos não temos sua localização
São passos ao longe, além do coração
Eles prometem, que não se vão

Mas apenas uma coisa é certa
E ela chega para quebrar qualquer promessa
Para quebrar qualquer mentira no caminho
Para tirar a venda, que não tiramos sozinhos

Somos cegos, sem direção
Com tantas promessas, falsas no coração
Com o passado trazendo sua imagem
Projetando sua sombra no chão

Aquela sombra que te segue
Nas tardes de outono
Naqueles dias que não há sono
Quando percebemos, que sozinhos somos

São muitos, são tantos deles
Mas uma solidão pode apertar suas mãos
E pedir para sentar ao seu lado
Ela lhe promete, que nunca será abandonado

Promessas acabam, como uma brisa
Que leva as folhas velhas
No outono frio e nostalgico
Em suas visões, talvez exista algo mágico

Miguel F. Minotti dos Santos