Como disse, logo postarei mais poemas. Trago hoje um poema que pode parecer bem confuso, pois de cada estrofe eu tirei um significado diferente, pode ser um tanto complicado de ler. Mas tirem suas próprias conclusões a partir de cada verso.
Algum outro lado
Enquanto não precisar enxergar
As cores não vão existir
No momento em que abrir os olhos
Elas irão existir, mas não estarão lá
Enquanto as estrelas brilham
Os olhos se apagam, como uma lâmpada
Como um quadro negro, uma lousa
Enquanto isso, mais distante fica a voz que canta
Mas ela só pode ser ouvida daqui
Onde as cores não existem, mas estão ali
Onde o som não se propaga, mas eu posso ouvir
Por isso esses olhos se fecham, para sorrir
Para sorrir diante de um novo céu
Esses olhos podem ou não se abrir
A escolha é de quem os fechou
Mas neste mundo, poucos entram e querem sair
Pois aqui, o som não se propaga
Mas pode-se ouvir, as cores não existem
Mas mesmo assim, o céu brilha
As estrelas refletem um olhar de cima
Aqui todos tem asas, e sabem ou não voar
Aqui todos estão embaixo, porém estão no alto do mar
Que canta sua melodia distante
Que manda os ventos com seu som para longe
Alguém chora lá fora, posso ouvir
Parece algo tão triste
Quando os olhos param de brilhar
Apenas a melodia do mar, pode lhes curar
Mas esse alguém que chora, ainda vou descobrir
Miguel F. Minotti dos Santos
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